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sexta-feira, 17 de junho de 2011

A guerra de todos contra todos

Você acha a sociedade em que você vive violenta? Tráfico de drogas, banditismo, corrupção generalizada em meio ao Estado (polícia, deputados, senadores, funcionários públicos), empresas que tratam os clientes como se fossem vermes, companhias que tratam os empregados como insumos, ferramentas ou máquinas. Pois saiba que vai ficar pior. István Mészáros, em seu excelente trabalho "A teoria da alienação em Marx" [São Paulo: Boitempo, 2006], lembra que: “Em seus artigos sobre a questão judaica, o ponto de partida de Marx é, de novo, o princípio do bellum omnium contra omnes, ou guerra de todos contra todos, tal como é praticado pela sociedade burguesa, que divide o homem em um cidadão público e um indivíduo privado, e separa o homem de seu “ser comunitário”, de si mesmo, e dos outros homens. Mas então Marx continua a estender essas considerações a praticamente todas os aspectos dessa extremamente complexa “sociedeade civil”; das interligações entre religião e Estado – encontrando um denominador comum precisamente numa referência mútua à alienação – até as relações econômicas, políticas e familiares, que se manifestam, sem exceção, por meio de alguma forma de alienação”. Para Marx, a "guerra de todos contra todos" que caracteriza o modo capitalista de produção é a conseqüência direta da alienação que a divisão do trabalho promove, cuja coseqüência principal é o individualismo crescente. E não falamos aqui do individualismo crescente dos políticos, de gente como a do PT, PSDB, PP, PR e muitas outras agremiações políticas, com raríssimas exceções: falamos aqui de toda uma sociedade que já vive intensamente a "guerra de todos contra todos" e não se deu conta de que isso não se deve apenas a "alguma pessoas más", mas a todo um modelo social que nos empurra nessa direção.

Fonte: http://marx-hoje.blogspot.com/ 

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