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quinta-feira, 5 de maio de 2011

Não-violencia ativa

O site da instituição Vida e Juventude (ver link abaixo) contém uma série de vídeos a respeito dos principais tópicos sobre mediação de conflitos: diferenças entre os meios de tratamento de conflitos, o papel do mediador, as etapas do processo de mediação, entre outros. Destaca-se o Capítulo 2, “Não-violência ativa”, que aborda a prática defendida por um dos advogados mais humanitários que o mundo já conheceu: Gandhi.

Alguns trechos do vídeo*:

“Gandhi recusava-se a acreditar que era preciso recorrer à violência para combater a violência, por entender que o efeito produzido corria o risco de ser contrário àquilo que se pretendia, alongando e reforçando a cadeia de violência. Responder à violência com mais violência é submeter-se à lógica da violência e reforçar o seu poder sobre a realidade. A única maneira de resistir é, pois, destruir sua lógica, começando por abster-se de reforçá-la.”


“... A não-violência proposta por Gandhi é chamada também de não-violência ativa ou de firmeza permanente. Quem não usa a violência não é necessariamente um não-violento. Para sê-lo é preciso buscar a justiça por meio da verdade.”


“A não-violência não se confunde com a passividade diante da injustiça ou do mal. Muitas vezes há confusão entre a palavra ‘pacifismo’ e ‘passividade’. Passividade é o fechamento voluntário dos olhos diante de uma situação injusta. A não-violência rejeita toda forma de violência, mesmo que travestida de luta contra a opressão. A violência é substituída pela força da verdade, da justiça, do amor.”

Os recentes acontecimentos mundiais retratam as implicações do ciclo da violência e nos convidam a pensar em outras maneiras de lidarmos com os conflitos, inclusive os internacionais (embora, neste caso, a indústria armamentista represente um grande obstáculo). Nas décadas de setenta e oitenta os Estados Unidos apoiaram um líder do Oriente Médio e sua organização a expulsarem do Afeganistão as tropas da antiga União Soviética. Será que os EUA poderiam imaginar que esse líder, a quem armaram e ensinaram técnicas de guerra, organizaria um ataque terrorista contra eles mesmos vinte anos depois? Agora os norte-americanos comemoram a morte de Osama Bin Laden. Mas quantas vidas isso ainda poderá custar?

Para ver os vídeos:


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