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segunda-feira, 20 de junho de 2011

Famílias reconstituídas: Qual é o papel de padrasto e madrasta?

Padrasto e madrasta  - "Com frequência, eles terão mais objetividade que os pais para entenderem o que está ocorrendo com a criança ou com o jovem, porém, não cabe a eles a intervenção direta. Se a criança ou o jovem tem pai e mãe, cabe sempre a eles a atitude educativa direta. A intervenção de padrasto ou madrasta precisa ser indireta, via o cônjuge"





Os contos de fada são terríveis em relação aos padrastos e madrastas. Interpretados literalmente falam da perda dos pais e sua substituição por pessoas, em geral, más. Madrasta é uma palavra que vem de mater, madre, mesma forma que a palavra mãe e não deve ser associada à má, como muitos, errônea e preconceituosamente consideram.Simbolicamente, porém, outra interpretação merece ser dada: padrastos e madrastas podem representar um polo oposto e importante das relações pais-filhos. A criança precisa de amor, carinho, aconchego, proteção, esse é um polo, mas precisa também do estímulo para o crescimento, para a autonomia, o outro polo. Padrastos e madrastas, com mais objetividade, podem ajudar muito nesse sentido. Caso a criança seja superprotegida e não incentivada à independência, ela não crescerá psicologicamente e permanecerá para sempre o filhinho da mamãe ou o filhinho do papai.
Na vida real, na atualidade, a relação entre enteados, padrastos e madrastas é muito mais frequente que em épocas anteriores, dada a elevada porcentagem de divórcios entre os pais. Essa relação é muito delicada e merece cuidados.
Para o crescimento da criança ou do jovem, ter padrastos ou madrastas e também conviver com eles, é melhor com que conviver apenas com a mãe separada ou o pai separado, que, declaradamente, abdicaram de uma nova conjugalidade. Isso porque, caso um novo casal não se constitua, existirá uma grande possibilidade da inflação no papel de mãe ou de pai, com ônus futuros sérios para o filho.
Cumpre salientar que o papel de padrasto e madrasta é fundamentalmente diferente do papel de pai e mãe. Confundir tais papéis significa ter que lidar com conflitos, muitas vezes sem chance de resolução satisfatória.
Nas famílias que se reconstituem, observa-se algumas vezes um convívio adequado e outras vezes uma impossibilidade de convívio de mãe e madrasta, pai e padrasto. Porém, a criança e o jovem precisam ser ensinados a esse convívio. Sentimentos de ciúmes, inveja e traição, feridas e mágoas antigas dos pais separados podem ser administrados, se não superados, em prol de um ambiente físico e psicológico melhor para os filhos.
A relação padrasto/madrasta - enteado(a) é uma relação a ser construída bem devagar, frequentemente com avanços e recuos. Respeito e amor se conquistam, jamais podem ser exigidos. É necessária paciência, persistência e otimismo. É preciso inteligência e sabedoria para lidar com tentativas de manipulação e controle do enteado(a) de todas as idades. Por um lado, jamais um adulto pode ficar refém de uma criança ou um adolescente. Tal submissão é ruim para o adulto e péssima para a criança e o adolescente que automaticamente se percebem todo poderosos e, consequentemente, desprotegidos, por estarem rodeados de adultos frágeis. Por outro lado, confrontos diretos e uso de autoritarismo estão fadados a insucessos.
Como, então proceder? Uma pré-condição é gostar de lidar com desafios: um enteado(a) sempre trará o desafio de uma relação a ser estabelecida. Interessar-se de verdade pela vida dessa criança é um excelente modo de aproximação. Descobrir interesses em comum e partilhar sonhos pode ser muito prazeroso. Frente aos conflitos, cabe ao padrasto ou madrasta observar cuidadosamente o que ocorre. Com frequência, eles terão mais objetividade que os pais para entenderem o que está ocorrendo com a criança ou com o jovem, porém, não cabe a eles a intervenção direta. Se a criança ou o jovem tem pai e mãe, cabe sempre a eles a atitude educativa direta. A intervenção de padrasto ou madrasta precisa ser indireta, via o cônjuge, que é a mãe ou o pai da criança. A esses cabe o controle e o domínio do filho.
Entretanto, padrasto e madrasta não devem ser considerados em posição marginal à família. Ele e ela pertencem, de fato, ao núcleo expandido da família. O novo casal constituído dirige e controla as coisas da sua casa - isso precisa ficar claríssimo para as crianças, mas quem dá ordens diretas para o filho é o pai ou a mãe, não deve ser a madrasta ou o padrasto. Conselhos para os enteados em geral são bem recebidos. Imposições, entretanto, jamais devem ser estabelecidas. Essas ficam por conta do pai e da mãe.
Nas famílias reconstituídas, os modelos de identificação da criança, são formados primariamente pela mãe e pai, mas também pelo padrasto e/ou pela madrasta e depois por todos os adultos significativos da vida da criança. Padrastos e madrastas podem ser até melhores modelos que os pais. Conviver junto a pessoas íntegras, éticas, responsáveis e amorosas é um enorme benefício para a constituição da identidade da criança.
Em muitas famílias reconstituídas, pai e mãe têm novos casamentos e com o padrasto e a madrasta o filho ganha também os "avós-drastos", além de mais tios e primos e além dos possíveis meio-irmãos. A família dos tempos contemporâneos é, assim, muitas vezes um "condomínio", mais difícil de administrar, mas se olhada sem preconceito, pode ser perfeitamente viável e sem patologias.
Fonte: http://www2.uol.com.br/

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Relax...

A guerra de todos contra todos

Você acha a sociedade em que você vive violenta? Tráfico de drogas, banditismo, corrupção generalizada em meio ao Estado (polícia, deputados, senadores, funcionários públicos), empresas que tratam os clientes como se fossem vermes, companhias que tratam os empregados como insumos, ferramentas ou máquinas. Pois saiba que vai ficar pior. István Mészáros, em seu excelente trabalho "A teoria da alienação em Marx" [São Paulo: Boitempo, 2006], lembra que: “Em seus artigos sobre a questão judaica, o ponto de partida de Marx é, de novo, o princípio do bellum omnium contra omnes, ou guerra de todos contra todos, tal como é praticado pela sociedade burguesa, que divide o homem em um cidadão público e um indivíduo privado, e separa o homem de seu “ser comunitário”, de si mesmo, e dos outros homens. Mas então Marx continua a estender essas considerações a praticamente todas os aspectos dessa extremamente complexa “sociedeade civil”; das interligações entre religião e Estado – encontrando um denominador comum precisamente numa referência mútua à alienação – até as relações econômicas, políticas e familiares, que se manifestam, sem exceção, por meio de alguma forma de alienação”. Para Marx, a "guerra de todos contra todos" que caracteriza o modo capitalista de produção é a conseqüência direta da alienação que a divisão do trabalho promove, cuja coseqüência principal é o individualismo crescente. E não falamos aqui do individualismo crescente dos políticos, de gente como a do PT, PSDB, PP, PR e muitas outras agremiações políticas, com raríssimas exceções: falamos aqui de toda uma sociedade que já vive intensamente a "guerra de todos contra todos" e não se deu conta de que isso não se deve apenas a "alguma pessoas más", mas a todo um modelo social que nos empurra nessa direção.

Fonte: http://marx-hoje.blogspot.com/ 

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Esclarecendo dúvidas.. Serviço Social


Onde Trabalha o Assistente Social

Para esclarecer dúvidas sobre a minha profissão, deixo aqui uma síntese do trabalho do Assistente Social.


Os Assitentes Sociais atuam no campo das políticas sociais com o objetivo de viabilizar os direitos da população: na saúde, educação, previdência social, habitação, assistência social, meio ambiente e no mundo do trabalho.

Atuam na justiça, nas varas de infância e juventude, da família e nas instituições do sistema penal e de medidas sócio-educativas para jovens em conflito com a lei.

Os Assistentes Sociais atuam em entidades públicas, privadas, bem como em entidades não governamentais (ONG´S).

segunda-feira, 6 de junho de 2011

O exercício do perdão .... Reconhecendo e curando as mágoas diariamente para ser livre

A cada dia que vivo e aprendo com a vida, mais se reforça para mim a constatação de que o perdão vai bem além de uma atitude localizada e isolada, de que ele se aproxima de um exercício. É um conjunto de atitudes que vamos tomando e reavaliando, construindo novas interpretações da vida, descobrindo e escolhendo novos ângulos. O perdão integra uma série de ações internas e externas e precisa de tempo para se assentar.
As mágoas nos prendem ao passado e nos fazem temer o futuro, retiram o poder do presente e a abertura a vivê-lo. Ocupam lugar no nosso coração fechado, tornando difícil que outras emoções, outras histórias, outras experiências de vida possam florescer. Um coração cheio assim é um coração que se aproxima da realidade só pela metade. Então vamos ficando amargos, não só pelas vivências de mágoa, mas também pelo fechamento criado que faz com que nossa vida afetiva murche, e junto com ela nosso viço, nossa alegria, nossa disposição, nosso impulso criativo.


Histórias de sofrimento como escudos

Muitas pessoas relutam em pensar em perdão por acreditarem que isso significaria abrir guarda a pessoas e situações que lhe fariam sofrer. Seguem vida a fora carregando suas histórias de sofrimento como se fossem escudos: "Agora ninguém me fará mal novamente, eu tenho essa história para me proteger". Só que esse escudo é pesado demais, grande demais e impede a visão plena, parece ser um grande espelho atrás do qual a pessoa se esconde e só vê os reflexos de si mesma com sombras do passado. Esse escudo não só protege de situações ameaçadoras, ele acaba por impedir qualquer tipo de contato e nos isola de nossa natureza humana relacional.
"Mas se eu não guardar minha história de dor, ela não será reconhecida, como se um pedaço meu fosse deixado de lado", algumas pessoas podem dizer. Sim, é importante reconhecermos cada pedaço de nós, mas não precisamos carregar as dores como se fossem troféus pesados numa sacola enorme. Precisamos reconhecer nossas cicatrizes como marcas do combate, mas sem peso e dor."Precisamos reconhecer nossas cicatrizes como marcas do combate, mas sem peso e dor."
Certa vez ouvi uma frase que clareou bastante para mim o significado mais profundo do perdão: "O verdadeiro perdão consiste em abrir mão da esperança de que o passado fosse diferente". Então, não é escancarar a porta da minha casa e da minha vida para quem me fez mal? Nem esquecer o passado? Pois é, o perdão que abre o coração é aquele que reconhece que o passado passou e que nada pode mudá-lo. Somente o presente bem vivido pode inserir novas pegadas nessa estrada. Perdão inclui ainda a necessidade de reconhecermos que nós também fizemos o que podia ser feito, o que demos conta de fazer, dentro das possibilidades que vislumbrávamos: autoperdão. Nos reconhecermos humanos, passíveis de erro e de acertos na tentativa do aprendizado.
Não se trata de varrer a poeira para debaixo do tapete. É na verdade um exercício de ver e sentir tal poeira do passado, identificar de onde vem e onde está. E, então, começar a limpá-la, se necessário buscar ajuda para isso, usar todos os recursos disponíveis para deixar a casa limpa e aberta para a brisa fresca dos novos tempos. Um coração que se abre para reconhecer e tratar de suas mágoas é um coração livre para bater de novo, no ritmo das emoções que surgirem aqui e agora.

Retirado daqui: http://entretenimento.br.msn.com/

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Efeitos da mentira no relacionamento

Efeitos da mentira no relacionamento

Não existe nada mais devastador para um relacionamento do que a perda da confiança. A pessoa que mente, acaba com as chances de o amor dar certo. E com isso a relação nunca mais será a mesma.
Quando a mentira entra no relacionamento, pode acabar de vez com a confiança que existia entre o casal. Quem mente passa a conviver com dois fantasmas: o da MENTIRA e o do MEDO de ser descoberto. Por mais que a gente acredite que não vai fazer mal contar uma mentirinha para o parceiro, uma coisa é certa: mentira tem pernas curtas e o mal feito nem pernas têm. E pior, não existe mentira positiva. Todas são negativas e têm poder suficiente para acabar com qualquer relacionamento, já que a base mais sólida das relações humanas é a confiança.
A pior coisa que existe é uma pessoa descobrir que foi enganada. Por isso, mesmo que a verdade seja dolorosa, é melhor optar por ela, Assuma seu erro o mais depressa possível. Diga que mentiu, porque assim sua chance de ser perdoado é maior. É mais fácil perdoar uma fraqueza momentânea do que uma mentira. Também é mais fácil perdoar o mentiroso que assume sua fraqueza, do que perdoá-lo quando sabemos da mentira através de outra pessoa, afinal ninguém gosta de ser enganado. O relacionamento deixa de ser saudável no momento em que a mentira atravessa a relação. A partir daí o mentiroso passa a conviver com dois fantasmas: o da mentira e o do medo de ser descoberto. Talvez por isso, muita gente passe a acreditar na própria mentira. É como se, assim, pudesse se defender. Entretanto, ao ser descoberto, “bater o pé e persistir na mentira só vai piorar a situação.
O efeito desastroso da mentira
Mentir pode causar danos irreversíveis à relação, pois o amor saudável se baseia, principalmente, na confiança. Sem confiança, não há tranqüilidade e o amor não amadurece. Quando um parceiro perde a confiança no outro, o relacionamento acaba. A sensação de sentir-se traído provoca muita dor e rompe com a parceria amorosa. O mentiroso jamais é perdoado, e aquele que foi enganado passa a desconhecer o outro, a questionar quem ele é, verdadeiramente. Diante da descoberta da traição, a pessoa passa a acreditar que seu relacionamento todo foi uma grande mentira.
Veja o que a mentira pode causar:
• Decepção: pela constatação de o parceiro não era exatamente quem a gente pensava que fosse.
• Sentimento de fracasso: pelo erro de avaliação e de ter se apaixonado por alguém que não é confiável.
• Desconfiança: é impossível permanecer num relacionamento se a capacidade de continuar apostando na relação foi destruída pela mentira.
• Ressentimento: sentir-se desconsiderado, desrespeitado e traído provoca mágoa e raiva. O ressentimento é diretamente proporcional à expectativa que se tinha sobre o parceiro.
• Desrespeito: o parceiro enganado, insconscientemente, se vinga do mentiroso e o clima entre o casal pode tornar-se hostil e perigoso.
• Desinteresse: ao ser enganado, o parceiro interrompe o afeto que era dirigido ao outro. Passa a ver o mentiroso como alguém a ser evitado.
• Ruptura: o amor não resiste. Mesmo que o sexo seja maravilhoso, também passa a ser questionado como possível encenação.

Mitos Jurídicos

VOU TE PROCESSAR POR CALÚNIA, INJÚRIA E DIFAMAÇÃO!

As pessoas adoram gritar isso. Calúnia, injúria e difamação não são os três porquinhos, não andam sempre juntos. Cada um é um crime diferente, com características próprias e dificilmente uma pessoa comete os três de uma vez só. Quando aquele seu vizinho te mandar tomar no cu, não saia gritando que vai processar por caluniainjuriadifamação, pois vai passar vergonha jurídica. Culpa do legislador, que foi comedido na hora de descrever cada crime. Vamos conhecer melhor cada um:

Calúnia
Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime
Tecla SAP da Tia Sally: Calúnia é atribuir a alguém DE FORMA FALSA a responsabilidade pela prática de um FATO descrito como CRIME pelo Código Penal. É preciso IMPUTAR UM FATO + FATO ESTE FALSO + QUALIFICADO COMO CRIME. Imputar um fato não é chamar de “ladrão”. Imputar um fato é dizer que roubou o objeto tal. Nessa muito advogado bom escorrega. FATO. FA-TO.

Difamação
Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação
Tecla SAP da Tia Sally: Difamar é imputar um FATO ofensivo à reputação da pessoa. O FATO tem que ser ofensivo mas não pode ser criminoso, se não vira calúnia. Novamente, falamos em FATO. Dizer que Fulano é um bêbado não é difamação, pois não há fato. Dizer que fulano foi trabalhar bêbado na semana passada é difamação, pois ir trabalhar bêbado sim é um fato.

Injúria
Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro
Tecla SAP da Tia Sally: Na injúria você atribui uma QUALIDADE NEGATIVA a uma pessoa, como por exemplo, chamar de bêbado, ladrão, Lula e similares. “Mas Sally, roubar não é crime? Porque chamar de ladrão não é calúnia?” Porque no crime de calúnia se atribuí um FATO, enquanto que na injúria se atribuí uma qualidade negativa

Imputou fato criminoso = calúnia
Imputou fato ofensivo = difamação
Imputou qualidade negativa = injúria

Dica: Geralmente na Difamação a frase começa com “Fulano fez tal coisa” e na Injúria com “Fulano é tal coisa”

VOU TE DESERDAR, SEU MOLEQUE!

Tem gente que bem que merece, mas a lei não permite. Não com essa facilidade. Para começo de conversa, no direito brasileiro, via de regra, a pessoa só pode dispor de 50% dos seus bens em testamento, os outros 50% vão para os chamados “herdeiros necessários” (filhos, cônjuge, pais etc), conforme art. 1.789 do Código Civil. Então, mesmo que seu pai faça um testamento deixando todos seus bens para Bolinha, o gato da família, este testamento não terá validade.

O que pode acontecer é a chamada exclusão da sucessão, quando um herdeiro não recebe sua herança por causa de alguma merda que ele fez. E esta “alguma merda” está no art. 1.814 do Código Civil e não pode ir além das causas ali previstas: 1) matar, tentar matar ou ajudar a matar o autor da herança, seu cônjuge, companheiro, ascendente (pais e Cia) ou descendente (filhos e Cia), 2) acusar de forma caluniosa judicialmente o dono da herança ou cometer crime contra sua honra (calunia, injuria ou difamação) ou honra de seu companheiro ou cônjuge e 3) impedir o dono da herança de dispor de seus bens antes de morrer (testamento e cia) através de violência ou meios fraudulentos.

Se você não se encaixa em nenhuma das três hipóteses, pode peitar porque você não vai ser deserdado. Só é “deserdado” quem a LEI quer, não quem o particular quer. O particular pode dispor de seus bens dentro dos limites impostos por lei, ou seja, via de regra só pode dispor de 50% de sua herança, quer dizer, só pode dar a outra pessoa que não filhos e esposa (e cia) 50% dos bens. E mesmo que você esteja sendo acusado de uma dessas três causas de exclusão, isto terá que ser provado. E mesmo que seja provado, se você for excluído, corra para fazer filho, porque os seus herdeiros herdarão e sendo menores de idade, você administrará o patrimônio deles na encolha.

ISSO É CRIME DE TORTURA!

Hoje virou moda. Qualquer merdinha neguinho já sai gritando e dizendo que é crime de tortura. Não se pode nem dar um catiripapo educativo no filho quando ele faz pirraça no parquinho que já junta dez juristas de plantão e começam “Olha que horrrorrrr! Batendo na criança! Isso é crime de torturaaa! É inafiançávellll”. Mostre o dedo médio sem dó. Não é crime de tortura porra nenhuma. Bullying não é crime de tortura. Ouvir aqule CD do Exaltasamba no volume máximo não é crime de tortura (mas deveria ser).

O crime de tortura exige sempre uma finalidade específica como, por exemplo, obter uma confissão ou obter um comportamento criminoso. Não basta causar dor e sofrimento para ser tortura!

Vamos ler a lei, antes de falar da lei? O crime de tortura está previsto na Lei 9.455 de 07 de abril de 1997:

Art. 1º Constitui crime de tortura:
I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;
c) em razão de discriminação racial ou religiosa;
II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de medida legal.
§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos.

No inciso I é preciso que estejam presentes estas finalidades específicas: obter informação, declaração ou confissão (“tortura prova”), provocar ação criminosa (“tortura meio”) ou motivado por discriminação racial ou religiosa (“tortura discriminatória”). “Mas Sally, então vocês do Desfavor cometem crime de tortura o tempo todo, pois ficam sacaneando minha religião e isso me provoca um sofrimento mental”. Sinto te decepcionar, mas o inciso I fala em constranger alguém MEDIANTE VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA. Somir e eu nunca batemos em ninguém (ao menos não nos nossos leitores) nem os ameaçamos, então... CHUPA NENÉM! CADÊ O SEU DEUS???

O inciso II também requer violência e grave ameaça e só vale se for praticado contra pessoa que esteja sob guarda, poder ou autoridade do criminoso. E tem que ser uma forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo. O dia que uma palmada for “intenso sofrimento físico ou mental” a Luana Piovani será Miss Simpatia. O Código Civil diz claramente no art. 1.634 que compete aos pais dirigir a criação e educação dos filhos menores e exigir que estes prestem obediência, respeito e os serviços próprios para sua idade e condição. Uma palmada não causa sofrimento físico e mental. A lei se refere a casos bizarros como aqueles de babás que espancam diariamente bebês indefesos para que eles comam ou calem a boca. Pouco tempo teve um caso desses em uma renomada creche aqui no Rio. Vai lá deixar seu filho na creche vai. Confia...

Descaradamente retirado daqui: http://blog.desfavor.com/

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Madrasta sofre menos qdo assume seu papel

Se por um lado o imaginário popular propagou a fama de má da madastra, por um outro mais realista, essa mulher costuma penar na nova casa. Um de seus dramas mais comuns é ter que enfrentar a rejeição que sofre por parte dos enteados. Em geral, ela assume uma dessas duas estratégias: a de repetir os mesmos hábitos da mãe das crianças, que a faz ser desaprovada por estar competindo com a ex-mulher do marido. A outra postura costuma ser a de tornar-se a melhor amiga das crianças, colocando-se no mesmo patamar delas. Só que aí ela compete com as crianças pela atenção do marido e, mais uma vez, é renegada. Diante das tentativas frustadas , as questão que ficam é: como formar uma família em harmonia diante de tantos conflitos? Para os especialistas, a melhor saída é que a madastra assuma a sua verdadeira posição, a de ser a esposa do marido.

O número de mulheres que precisa enfrentar o desafio de ser aceita pelos filhos do parceiro só tende a crescer. As estatísticas mostram que as madrastas estão cada vez mais presentes nos lares brasileiros. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de mulheres solteiras que se casou com homens divorciados cresceu cerca de 60%, o que demonstra que este é um dos novos perfis da família brasileira.

De acordo com a terapeuta familiar Roberta Palermo, autora do livro "100% Madrasta: Quebrando os Preconceitos" (Integrare Editora), antigamente, as madrastas eram a mulher do viúvo, que chegavam para substituir a mãe ausente e eram superqueridas pelos enteados e bem vistas pela sociedade, afinal, vinham para amparar as crianças órfãs ainda sensibilizadas. Porém, com a aprovação da Lei do divórcio, em 1977, e com a guarda compartilhada, as madrastas assumem outros papéis e, de boa alma que ampara órfãos, passam a ser vistas como mulheres más que vieram tirar o pai dos braços da mãe.

Relação delicada
Parte do processo de convívio saudável entre madrasta e enteado é que ambos os lados compreendam que as famílias reconstituídas passam pelos mesmos conflitos que as famílias biológicas, de acordo com as fases de vidas de seus componentes. "O agravante nesta situação de reconstituição está nas expectativas internas de cada membro, baseada no mito do amor incondicional dos pais. Por isso, cultivar a harmonia e o afeto através do diálogo costuma ser a melhor solução", explica a terapeuta.

São vários - e complexos - os fatores que interferem na relação madrasta e enteados. Segundo a psicoterapeuta Margarete Volpi, a rejeição por parte das crianças normalmente se dá por rebeldia e por. "Isso por causa da interferência da mãe biológica, que tenta usar seu poder de persuasão para convencer o filho de que a madrasta foi a culpada pelo fim do casamento", diz a especialista.

Já por parte da madrasta, os conflitos com a ex-esposa e a insegurança são as causas mais comuns. "Entre os motivos que influenciam a relação com os filhos do marido estão a raiva e o ciúme da ex-mulher, falta de vínculos afetivos com a criança, medo de não conseguir conquistar o amor dos enteados, dificuldade em impor sua autoridade e receio de se tornar chata e perder o marido", enumera Margarete Volpi.

Conquistando seu espaço A filósofa Fernanda Carlos Borges, autora do livro "A Mulher do Pai" (Summus Editorial), defende a participação mais intensa e independente da madrasta na criação dos enteados. Segundo ela, a madrasta não deve ser a sombra do pai. "Os homens não são atentos ao ambiente emocional doméstico como as mulheres", diz.

A orientação é colocar ordem na casa sem medo de passar pela chata. Para Fernanda, que também é madrasta, essa mulher está entre os adultos responsáveis pelas crianças e, portanto, tem o dever de educar.
A terapeuta Roberta Palermo aconselha a atuação presente das madrastas na vida dos enteados, porém, de comum acordo com o pai das crianças, porque se as coisas não vão bem, ficam ainda piores quando o pai desautoriza a madrasta na frente das crianças. Segundo as experiências expostas na Associação das Madrastas e Enteados-AME, da qual é fundadora, o grande dilema da nova madrasta é educar o filho da ex-esposa sem poder repreender ou questionar atitudes erradas em função da superproteção dos maridos, que se sentem culpados e as desautorizam. "Por isso, é importante combinar tudo, desde a hora de dormir e a das refeições até se pode ou não colocar o pé no sofá", avalia.

A atriz Natalia Parzanese, 23 anos, soube driblar os conflitos de madastra com a enteada Letícia, 8. Para ela, a relação pode ser bastante harmoniosa e franca. "É possível educar enteados, respeitando os limites e valores que a criança recebe em casa, da mãe biológica, mas transmitindo os seus, que são de alguém que tem carinho pela criança e se preocupa com a educação dela", explica ela.


 Manual prático da madastra
A seguir, confira as dicas das especialistas para enfrentar a rejeição e assumir o papel de nova esposa do pai sem precisar bancar a substituta da mãe ou a melhor amiga dos enteados:

- Não fale mal da mãe na frente da criança. Mesmo que a relação com a ex-mulher não seja boa, contenha-se. A criança é sempre fiel aos pais
- Não seja a boazinha de plantão. Como todo mundo, você pode ser chata em alguns momentos e legal em outros

- Não estimule provocações. Se a criança diz que a comida da mãe é melhor do que a sua, não crie atrito e mostre-se interessada no que ela tem a dizer, isso a fará se sentir querida por você ou ao menos, ela irá perceber que você não está ali para causar confusão. Não tome isso como uma ofensa pessoal, pois a rebeldia é contra a situação, não só contra você

- Ciúmes entre filhos (as) com pai ou mãe é muito natural. A ideia é não entrar no embate e na disputa de atenção. Quanto maior for sua receptividade, mais facilmente você conseguirá seu espaço.

- Conquiste seu espaço. É importante que cada par - pai e filho, madrasta e enteado ou o casal - tenha seus momentos a sós para fortalecer vínculos e evitar ciúme

- Se você tem uma relação amistosa com a mãe da crianças, vá à festinha da escola, participe de cada fase da vida dos enteados e demonstre carinho, pois essas são sempre excelentes atitudes a serem tomadas para viver sem crises. Caso o relacionamento entre vocês seja muito harmonioso, participe de uma mneira que não invada o espaço da mãe biológica. Que tal uma festinha surpresa em casa. só entre vocês?

- Jamais bata na criança. Mesmo que os pais usem esse recurso, as crianças e a sociedade não têm a mesma capacidade de entender essa atitude quando parte da madrasta.

FONTE: minhavida.uol.com.br